Entrevista Site HoqueiPatins.pt

O Presidente da ANACP apresentou ao site hoqueipatins.pt algumas das propostas para a reforma dos quadros competitivos.

Existem algumas dúvidas/questões sobre os futuros quadros competitivos, podes esclarecer?
Em março de 2013, por proposta da ANACP, foi constituído um grupo de trabalho para análise e reformulação dos quadros competitivos, seniores e escalões de formação.
Como é do conhecimento público, o grupo já tem algumas conclusões, nomeadamente no que diz respeito aos campeonatos nacionais seniores.
A ANACP defende a redução dos clubes (16 para 14) para aumentar a competitividade e criar mais mediatismo.
Defende também o regresso do playoff para a 1ª divisão e uma fase de grupos para a 2ª divisão, isto porque, com a redução de clubes, teríamos menos um mês de competição e o playoff traria mais mediatismo à modalidade. Reduzir por reduzir não é solução.

Os clubes vão ficar com menos tempo de competição (Novembro a Maio) é curto, o que fazem os clubes nos meses de setembro, outubro e Junho?
Percebemos que as nossas propostas não foram aceites pelo grupo de trabalho, mas acreditamos que venhamos a ter razão daqui a uma ou duas épocas, é normal, já aconteceu com a reforma administrativa.
Para a 3ª divisão, defendemos três cenários:
Cenário 1: Até 29 equipas, criação de 2 zonas;
Cenário 2: 30 a 39 equipas, 3 zonas;
Cenário 3: Mais de 40 equipas, 4 zonas.
Para além da obrigatoriedade dos clubes que se inscrevam nos campeonatos distrais/regionais são obrigados a se inscreverem na 3ª divisão Nacional.
As propostas das ANACP para 1ª, 2ª e 3ª divisão são públicas para quem as quiser consultar, algumas foram aceites, outras não optando pela continuidade do formato atual.
O principal objetivo da ANACP é o aumento do número de praticantes e da competitividade, através de um aumento significativo da visibilidade do Hóquei em Patins em Portugal e no Mundo.
Prova disso são algumas acções que já desenvolvemos e outras que iremos desenvolver para dar visibilidade ao hóquei em patins, como o Dia do Guarda-Redes, em Valongo e como o Dia do Jogador, em coimbra, em junho e o Mini hóquei em Lisboa, também em junho.

E os quadros competitivos das camadas jovens?
Quanto aos escalões de formação, como deve compreender, não existe ainda nenhuma conclusão sobre o modelo a adotar, até porque a última reunião do GT foi muito extensa não tendo tido tempo para abordara fundo os escalões de formação.
Certo é que a ANACP apresentou duas propostas para os quadros competitivos de juvenis e juniores que serão discutidos em breve esperamos…
Sabemos também da intenção da FPP em separar o que é formação de competição e parece-nos correta os argumentos da Direção Técnica Nacional.

Envolver todos os agentes da Patinagem num grupo de trabalho é vantajoso para a modalidade?
Sim e não.
Sim porque na teoria as associações de patinagem, de classe e a própria FPP deveria apresentar propostas.
Na prática, apenas a ANACP, a FPP e uma ou outra associação apresentam propostas. O problema do grupo de trabalho, na minha opinião, é que não reflete a assembleia federativa, ou seja, eu posso ter uma proposta apoiada por 3 ou 4 associações, mas como no GT cada entidade é um voto vejo a minha proposta ser rejeitada, enquanto que numa assembleia federativa a mesma proposta seria aprovada. Mas isso é secundário, importante é que existam estes GT e que se cheguem a resoluções para o bem da modalidade.

Alguma mensagem final…
Aproveitar a oportunidade para desafiar todos os que esgrimem opiniões sobre a modalidade para se juntarem à ANACP e serem mais uma voz na melhoria do hóquei em patins.
É fácil criticar! Difícil é fazer o que a ANACP faz, critica quando deve criticar, apoia quando deve apoiar e sempre apresenta soluções/alternativas para o que entende que esteja errado na modalidade, mesmo que por vezes todos considerem que estamos errados.